Quando se fala em tratamento da água da piscina, a aplicação de cloro é, sem dúvida, uma das primeiras imagens que vem à cabeça. De fato, esse produto é essencial devido ao seu poder bactericida, livrando a água de microrganismos perigosos e destruindo qualquer possibilidade de eles se proliferarem. Mas ao contrário do que muitos acreditam, acrescentar o produto indiscriminadamente não é a forma correta de tratar a água, pois tanto o excesso quanto a falta dele proporcionam ao banhista condições adversas à saúde. É preciso aplicar a quantidade de cloro certa, considerando as instruções do fabricante e a capacidade da piscina.
O poder bactericida do cloro é resultado de uma reação química simples. Quando aplicado na água, divide-se em vários componentes químicos, dentre os quais podemos destacar o ácido hipocloroso (HClO). Ele é o principal responsável por atacar os lipídios das células bacterianas, tornando-as oxidadas e inofensivas. E essa performance acontece rapidamente, segundos após a aplicação, para sermos mais precisos. Também é preciso lembrar que o pH da água é essencial nesse processo, pois determina a quantidade de ácido hipocloroso que se forma. Daí a importância de mantê-lo sempre estabilizado.
Falta ou excesso de cloro. Quais as consequências?
Embora seja essencial no combate a microrganismos, é preciso ressaltar que, quando aplicado de forma inadequada, o cloro pode causar alguns problemas para a saúde dos banhistas. Se aplicada uma dosagem maior que a recomendada, por exemplo, eles podem apresentar irritações nos olhos, mucosas e pele. Além disso, o descoramento de cabelos e roupas de banho também são consequências da elevada concentração de cloro na água.
Por outro lado, se a quantidade for menor, as piscinas ficam com aquele cheiro bastante distinto e desagradável. Embora o cloro diluído na água em si não tenha cheiro, isso acontece porque ele se liga ao nitrogênio presente em partículas de matéria orgânica que estão na água, como o suor. Essa combinação origina uma substância química chamada cloramina, responsável pelo odor e por reduzir a ação desinfectante, ou seja, o cloro se torna ineficiente no combate a algas e bactérias e não consegue eliminar os compostos orgânicos. Também é preciso destacar as consequências que a quantidade insuficiente de cloro tem para os usuários das piscinas. Irritações e coceiras na pele são apenas alguns exemplos.
E qual é a quantidade de cloro necessária, afinal?
Diante de tudo isso, não fica difícil entender que todo cuidado é pouco na hora de utilizar o cloro para tratar a água da sua piscina, não é verdade? Mas nada de pânico! Com o passo a passo que preparamos, você poderá garantir que a água esteja com a quantidade de cloro certa e fique pronta para receber os banhistas. Confira:
1 – Descubra o volume da piscina
Antes de iniciar qualquer procedimento é preciso saber qual é o volume de água que sua piscina comporta, pois é a partir dele que se sabe a quantidade de produtos necessária para o tratamento, inclusive de cloro. De modo bem prático, você pode descobrir essa informação multiplicando as medidas da largura, do comprimento e da profundidade média (soma da profundidade maior com a menor, dividida por dois). Mas, para facilitar a sua vida, confira em nosso site a calculadora Bel Piscinas. Além de calcular rapidamente o volume da água, ela também mostra a quantidade de cada produto que deve ser utilizado para o tratamento e a manutenção da água.
2 – Estabilize a alcalinidade e o pH
O próximo passo é medir a alcalinidade da água, índice importante para manter o pH estabilizado por mais tempo. Utilize o Kit Teste de Alcalinidade Bel e confira se o indicador está na faixa considerada ideal (entre 80 e 120 ppm). Se for necessário corrigi-la, utilize o Alca+Bel quando estiver abaixo de 80 ppm ou o Redubel se estiver acima de 120 ppm.
Depois é a vez de ajustar o pH da água, que deve estar entre 7,2 e 7,6. Você pode verificar esse índice com nosso Kit Teste de pH e cloro e ajustar com o pH Bel ou o Redubel caso o pH esteja menor ou maior que a faixa ideal, respectivamente. Lembre-se de que o pH é extremamente importante para a eficiência do cloro, conforme já explicamos.
3 – Aplique o cloro
Apenas quando os passos 1 e 2 forem feitos pode-se passar para a aplicação do cloro. Mas atenção! Antes de aplicar o produto você precisa saber qual é a quantidade de cloro que ainda tem na sua piscina, e isso pode ser verificado no próprio Kit Teste de pH e cloro Bel. A faixa ideal da substância é de 1 a 3 ppm, e nós indicamos que você faça a manutenção dos níveis corretos com o Clorobel ou o Diclorobel a cada dois dias.
Se você optou pelo Clorobel, é preciso aplicar de 4 a 5 gramas do produto para cada mil litros de água, ou seja, para cada metro cúbico. Dissolva essa quantidade em um balde com a própria água da piscina e apenas depois devolva o conteúdo à piscina. No caso do Diclorobel, o procedimento é o mesmo, variando apenas a quantidade do produto, que deve ser de 2 ou 3 gramas para cada metro cúbico. Após a aplicação, deixe a água filtrando por cerca de uma hora. Também aconselhamos deixar uma pastilha Triclorobel no flutuador dentro da piscina para manter o teor de cloro, mas não se esqueça de retirá-lo durante o uso.
Viu como não é difícil? Basta ter atenção na hora de cuidar da piscina e seguir corretamente as instruções nas embalagens dos produtos. Ainda está com alguma dúvida? Então entre em contato conosco!